FATOS POLICIAIS

sábado, 19 de agosto de 2023

MARIA BARACHO DA CUNHA

 


MARIA BARACHO DA CUNHA, DE SANTANA DO MATOS E RADICADA NA CIDADE DE MOSSORÓ, DONA DO RESTAURANTE DA BARACHA, UNS DOS MELHORES DE MOSSORÓ

MARIA BARACHO DA CUNHA

 


 


DOIS BOLOS E DUAS GARRAFAS DE CAFÉ.

Nascida em Santana do Matos/RN no dia 24 de setembro de 1950, Maria Baracho, a filha caçula de João Rodrigues Baracho e Joana Senhorinha de Jesus (falecidos), teve uma trajetória de vida de dificuldades, como a maioria dos nordestinos, mas também de superação, através da fé, dos bons sentimentos e da solidariedade nos momentos essenciais. Sua família morava em terras do ex-senador Garibaldi Alves, irmão do ex-governador Aluízio Alves e pai do atual senador Garibaldi Filho, no município de Pedro Avelino. Muitas vezes, para alimentar a família de sete filhos, dona Senhorinha cozinhava cardeiro, a fruta do mandacaru, alimento destinado ao gado. Em 1958, na grande seca, vieram todos para cidade. Sobreviviam com a feirinha dos programas de emergência, além da mãe também fazer faxina nas casas das famílias com mais recursos. Quando Baracho tinha doze anos perdeu o pai, e a situação ficou ainda pior. Ela havia estudado apenas até a carta do ABC. Assim como os irmãos, não teve oportunidade de frequentar os bancos escolares. Vendo a situação difícil da família, Pedro Celestino, irmão de Senhorinha, a chamou para morar em sua fazenda, no distrito de Barrocas, município de Alto do Rodrigues. O acordo foi de ‘terceira’, ou seja, de toda a produção de algodão a família de Baracho ficava com a terça parte. Mas podiam consumir aquilo que plantassem ou criassem.

A TRAJETÓRIA DE UMA VIDA A DOIS

Foi justamente com um filho de Pedro Celestino que Baracho veio a se casar no ano de 1971, com o qual namorava desde logo que havia chegado por aquelas terras. Seu primo Miguel Pedro da Cunha se tornou um companheiro de vida e de lutas, até os dias de hoje. Viveram logo em terras da família plantando feijão, milho, melancia e melão. Em 1973, foram morar na cidade do Alto do Rodrigues, onde adquiriram um quiosque perto do mercado público, época em que o município começava a receber os investimentos na área de exploração de petróleo. Miguel matava e vendia criação, enquanto Baracho fazia o quiosque funcionar. Nasceram os dois primeiros filhos do casal: José Maria, que hoje trabalha em empresa prestadora de serviços para Petrobrás e tem quatro filhos; e Maria Joseneide (foto), companheira da mãe no restaurante, mãe de uma filha. Neste momento decidiram que era hora de buscar em Mossoró novas oportunidades de trabalho para Miguel, e realizar um sonho de Baracho de morar em uma cidade maior. Chegando aqui, Miguel logo foi trabalhar moendo gesso em uma fábrica, serviço duro que o deixou com sinusite e problemas respiratórios. Após dois anos e meio, entrou na fábrica Guararapes, onde Baracho já trabalhava no setor de costuras. Aqui nasceu Janaina, comerciária que deu dois netos ao casal, e Shirlana Lucia, atendente em clínica de fisioterapia mãe de um filho. Estas duas atualmente morando com os pais, assim como cinco dos oito netos, na rua Nilo Peçanha, Bom Jardim. O único irmão vivo de Baracho, portador do Mal de Parkson, também mora nesta casa, sob o seu cuidado e dos generosos sobrinhos. Baracho ficou até 1981 na Guararapes. Miguel ficou até o ano seguinte, quando a fábrica fechou de vez. “O que ganhávamos só dava para a alimentação. A sorte é que quando viemos do Alto do Rodrigues a venda da casa de lá deu para comprar a daqui”, conta. Com o dinheiro que recebeu da demissão, Baracho comprou um ponto no Mercado do Bom Jardim, dando 50% e combinando com o proprietário, seu Antônio, de pagar o restante com o apurado.


FONTE – O BOM DE MOSSORÓ, DO JORNALISTA SERGIO LEVY


MARIA BARACHO DA CUNHA

  MARIA BARACHO DA CUNHA, DE SANTANA DO MATOS E RADICADA NA CIDADE DE MOSSORÓ, DONA DO RESTAURANTE DA BARACHA, UNS DOS MELHORES DE MOSSORÓ